quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Transtornos mentais

Início do caos

No final do século XX a questão do transtorno mental derrubou o muro do hospício, grassando pela sociedade livremente, acolhida em grande número de lares, muitos deles fechando os olhos para o problema. Se a questão é tão grave, como identificar essa anomalia?

É compreensível que os problemas de transtornos mentais adquiridos em acidentes ou trazidos no nascimento, onde o Espírito ainda no plano espiritual, antes de encarnar, usa como modelo para o corpo carnal, seu corpo perispiritual deficiente, comprometido com sérios traumas da encarnação anterior. É a Lei de Causa e Efeito, dizemos.

Como compreender aqueles que nascem sadios, com infância plena, família amorosa, educação esmerada e encontram durante a vida as diversas patologias enquadradas na medicina psiquiátrica?

A criatura humana ainda não alcançou seu equilíbrio mental. Poderíamos chamar de normal o cidadão que discute no trânsito, muitas vezes partindo para a agressão física? E o orgulhoso, que a menor contrariedade desespera-se, humilha, constrange, não estaria beirando as raias da loucura? O cidadão sem ética, que fura filas, desrespeita os mais velhos, as crianças, os animais e a natureza, teria uma mente sadia? O viciado em drogas lícitas ou ilícitas, em adrenalina, em sexo, também não tem a sua lucidez obliterada?

No Livro “Mecanismos da Mediunidade”, André Luiz, citada no capítulo 4 da Primeira Parte, “Gradação das obsessões”, quando ele diz que “É assim que somos, por vezes, loucos temporários, grandes obsidiados de alguns minutos, alienados mentais em marcadas circunstâncias de lugar ou de tempo, ou, ainda, doentes do raciocínio em crises periódicas, médiuns lastimáveis da desarmonia, pela nossa permanência longa em reflexos condicionados viciosos, adquirindo compromissos de grave teor nos atos menos felizes que praticamos, semi-inconscientemente, sugestionados uns pelos outros, porquanto, perante a Lei, a nossa vontade é responsável em todos os nossos problemas de sintonia.

O problema de hoje é grave! A ciência humana descobre vacinas, cura de doenças e oferece a longevidade da vida corporal, enquanto a vida mental vai ficando cada vez mais comprometida. Visionamos um futuro sem doenças físicas, mas com um grande contingente de desequilibrados mentais. A Terra tornar-se-á um grande hospício?

Agravamento do problema

Com a mudança vibracional do planeta, de Provas e Expiações para Regeneração, o ambiente espiritual é o primeiro a sofrer alteração.

Próximo da crosta terrestre encontramos o umbral denso que abriga os espíritos degenerados, comprometidos profundamente com a moral. Logo mais acima o umbral médio, área purgatorial de reflexão, e mais adiante o umbral, setor regenerativo da camada espiritual mais sofrida. Depois disso há o ambiente correcional, onde o Espírito cônscio das suas conquistas, mas desejoso de ajudar àqueles com os quais conviveu, programa expedições encarnatórias iluminativas. Por último, vem a faixa de elevação, reservada aos Espíritos livres da necessidade de encarnar-se na Terra. Esta conceituação foi retirada do livro “Espiritismo Aplicado”, de Eliseu Rigonatti.


A partir da metade do século XX, os Espíritos dirigentes do planeta iniciaram uma grande limpeza retirando do umbral denso as primeiras criaturas, fazendo-as encarnar na crosta. Ao chegarem aqui, trouxeram lembranças de músicas ruidosas, roupas e comportamentos conflitantes com a boa moral. Nas últimas décadas do milênio, encarnaram os líderes e seus sequazes. Não precisamos descrever o resultado disso, é só observar à nossa volta. Eles estão por aqui!

Hora da limpeza

O umbral denso está sendo depurado, permitindo que as faixas mais etéreas se aproximem da crosta planetária. Os espíritos migrados desse ambiente, estão vivendo sua última oportunidade de permanecerem na Terra. A maioria continua com os mesmos comportamentos viciosos, carimbando seu passaporte para um mundo inferior. Aqueles que conseguirem vencer o continuísmo das más ações e despertar no imo de suas almas o sentimento de amor ao próximo, abandonando os desvios gerados pelo egoísmo, permanecerão aqui, num programa de restauração dos erros do passado, regenerando suas próprias consciências. Muitos experimentarão profundo arrependimento, podendo levá-los a tão conhecida auto-obsessão, semente de tantos transtornos estudados no meio psiquiátrico. Há aqueles que experimentarão patologias outras, não menos graves, que servirão de meios profiláticos para um futuro melhor, menos conturbado e menos comprometido com o erro.

Imaginamos o trabalho descomunal dos terapeutas da mente, em ambos os lados da vida, isso porque no lado da vida maior, esses profissionais desempenham suas funções de forma mais abrangente, convidando os equivocados ao auto-perdão e a desmagnetizarem as lembranças que os torturam, sem impedir que se emprenhem, juntamente com os arquitetos espirituais, na elaboração de uma programação de expedição terrestre, de cunho regenerativo.

Novas anomalias

Os tempos modernos, conduzidos por essas almas transviadas, têm demosntrado comportamentos que necessitaram classificação na medicina terrestre. Um exemplo disso é a normose, doença da normalidade, termo criado na França por Jea Yves Leloup, doutor em Psicologia, Filosofia e Teologia, escritor, conferencista, dominicano e depois padre ortodoxo. De acordo com o esse pesquisador, o número de normoses é muito grande. A cada dia se descobre uma ou várias delas em áreas as mais inesperadas. Ela pode ser definida como “o conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou agir, que são aprovados por consenso ou pela maioria em uma determinada sociedade e que provocam sofrimento, doença e até morte”. Os jovens são os principais alvos desse mal, quando sentem necessidade de se incluírem nos grupo aos qualis são atraídos. A rejeição ou a impossibilidade de se sentirem “normais” os levam às diversas patologias já conhecidas.

Solução para o problema

Em verdade, nós encarnados, não somos criadores de método algum de cura. Somos intuídos, incentivados e levados a seguir os programas elaborados pelos nossos maiorais na espiritualidade, encontrando na terapêutica espírita, sem abandonar o tratamento da medicina convencional, a solução para tão grave problema social. Acreditamos mesmo, que no futuro, a medicina estará muito mais concentrada nos problemas da mente do que do corpo, na busca da paz que toda criatura humana almeja.

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